25 de outubro de 2008

Anunciação


na verdade, eu não sei o que houve. só senti o baque do meu corpo encontrando a poeira do chão, mais uma vez.e como de costume, adorei voltar ao chão.abri os olhos e vi o tamanho da deliciosa queda, depois senti o corpo todo doer, ossos do ofício. levantei, sacodi a poeira e continuo o caminho. lembro de poucas coisas, pequenas e inesquecíveis demonstrações de afeto que recebi antes da queda. coisinhas que aparentemente tão insiginificantes, me tornaram mais forte e preparada pro amanhã.algumas ligações estancaram o sangue dos ferimentos. e eu nem tinha pedido, pura gentileza do destino que além de me curar, me trouxe sorrisos num sotaque distante.os devaneios continuam sem parar e eu também. os sorrisos não cessam, assim como o olhar distante. o futuro incerto bate na porta, como quem me chama pra dançar frevo no meio da rua, sem medo, sem vergonha e sem prudência. e como quem não tem nada a perder, de novo faço apostas caras, coloco em jogo a alma e os sentimentos com um sorriso largo de quem tem o mundo a ganhar.

14 de outubro de 2008

Me deixa em paz


Na voz de Nina Becker, cantora do grupo Orquestra Imperial, a seguinte canção. Grande clássico do sambista Monsueto. Vale a pena conferir essa "versão moderna". A letra é belíssima. Haja dor-de-cotovelo.

Me Deixa Em Paz

Composição: Monsueto / Aírton Amorim

Me deixa em paz

Se você não me queria
Não devia me procurar
Não devia me iludir
Nem deixar eu me apaixonar

Se você não me queria
Não devia me procurar
Não devia me iludir
Nem deixar eu me apaixonar

Evitar a dor
É impossível
Evitar esse amor
É muito mais
Você arruinou a minha vida
Me deixa em paz

Se você não me queria
Não devia me procurar
Não devia me iludir
Nem deixar eu me apaixonar
Não devia me iludir
Nem deixar eu me apaixonar

12 de outubro de 2008

sábado, fim de noite.


"As pessoas esquecerão o que você fez, esquecerão o que você disse, mas nunca esquecerão de como você as tratou."

8 de outubro de 2008

Nervos de Aço

Canção do gaúcho Lupicínio Rodrigues, grande compositor brasileiro, intitulada Nervos de Aço, própria para todo aquele que sofre de dor-de-cotovelo.



Porém, vale registrar também a versão cantada pelo mestre Paulinho da Viola, carioca do Botafogo, igualmente grande músico brasileiro. Aí vai o vídeo, seguido da letra do velho Lupe:



Você sabe o que é ter um amor, meu senhor
Ter loucura por uma mulher
E depois encontrar esse amor, meu senhor
Ao lado de um tipo qualquer
Você sabe o que é ter um amor, meu senhor
E por ele quase morrer
E depois encontrá-lo em um braço
Que nem um pedaço do meu pode ser
Há pessoas de nervos de aço
Sem sangue nas veias e sem coração
Mas não sei se passando o que eu passo
Talvez não lhes venha qualquer reação
Eu não sei se o que trago no peito
É ciúme, é despeito, amizade ou horror
Eu só sei é que quando a vejo
Me dá um desejo de morte ou de dor

7 de outubro de 2008

Nunca ninguém sabe


Still in love? I think so ; )
Upload feito originalmente por Henný G



Nunca ninguém sabe se estou louco para rir ou para chorar.
Por isso o meu verso tem
Esse quase imperceptível temor...
A vida é louca, o mundo é triste:
Vale a pena matar-se por isso?
Nem por ninguém!
Só se deve morrer de puro amor...

Mário Quintana
(1906-1994)

5 de outubro de 2008

O analfabeto político

O pior analfabeto
É o analfabeto político,
Ele não ouve, não fala,
Nem participa dos acontecimentos políticos.

Ele não sabe o custo da vida,
O preço do feijão, do peixe, da farinha,
Do aluguel, do sapato e do remédio
Dependem das decisões políticas.

O analfabeto político
É tão burro que se orgulha
E estufa o peito dizendo
Que odeia a política.

Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política
Nasce a prostituta, o menor abandonado,
E o pior de todos os bandidos,
Que é o político vigarista,
Pilantra, corrupto e lacaio
Das empresas nacionais e multinacionais.