31 de agosto de 2008

Vaqueiros do meu Brasil

(Foto: Renato Spencer/JC Imagem
http://www.flickr.com/photos/rspencer/213364658/)



Numa tarde bem tristonha
Gado muge sem parar
Lamentando seu vaqueiro
Que não vem mais aboiar
Não vem mais aboiar
Tão dolente a cantar
Tengo, lengo, tengo, lengo,
tengo, lengo, tengo
Ei, gado, oi
Bom vaqueiro nordestino
Morre sem deixar tostão
O seu nome é esquecido
Nas quebradas do sertão
Nunca mais ouvirão
Seu cantar, meu irmão
Tengo, lengo, tengo, lengo,
tengo, lengo, tengo
Ei, gado, oi
Sacudido numa cova
Desprezado do Senhor
Só lembrado do cachorro
Que inda chora
Sua dor
É demais tanta dor
A chorar com amor
Tengo, lengo, tengo, lengo,
tengo, lengo, tengo
Tengo, lengo, tengo, lengo,
tengo, lengo, tengo
Ei, gado, oi
E... Ei...

(Luiz Gonzaga e Nelson Barbalho)

Uma canção para aqueles que sabem a luta diária que os cavaleiros do Sertão enfrentam, carregando em seu peito amargura, incertezas, angústia e, sobretudo, muita esperança em dias melhores.

21 de agosto de 2008

Mais quatro





Vejo-os passando
na rua.

Esse não tem chances de se eleger.
Esse também não.
Esse aí, menos.
Aquele ali... é, quem sabe.

Mas é engraçado,
não me identifico com nenhum.

Ei, você! Não me identifico com você!
Não me identifico com sua ideologia,
com seu jeito de falar, com suas roupas
com as pessoas que te apóiam
com suas causas,
com você enfim!

Por quê?

Você vai ganhar, eu sei.
E vai me representar.
(Quem disse que eu quero?)
A mim e a tantos outros.
Tantos outros que igualmente não se identificam com você,
mas que caíram nas besteiras que você fala.

E serão mais quatro anos.
Quatro anos...
Qua-
tro!

Por quê?

18 de agosto de 2008

os livros na estante continuam com pouca importância.






estamos de volta.
e com Caetano na vitrola para embalar o silêncio que soa como melodia.