12 de junho de 2007

e basta.


Porque amar é ir ao cinema de mãos dadas. Mas também é achá-lo lindo acordando com a cara amassada e cheio de remela. É gostar de estar junto só por estar junto: o amor não precisa de ações ou palavras. Amar é correr na praia deserta em slow motion. Mas também é ter medo. É ter dúvidas. É tentar concertar as coisas. Mas também é fazer tudo errado. É chorar ouvindo música de dor de cotovelo. É romper barreiras. É achar que vai dar tudo errado. Mas também é quebrar a cara e continuar tentando.



O amor não tem regra ou razão. Mesmo que dê tudo errado. Mesmo que dure pouco. Mesmo que nem comece. Ou que dure pra sempre. A única certeza é que, dentro de nós, temos todos os sonhos do mundo. Mesmo que eles não se realizem. Só esse desejo é suficiente. A graça está na viagem de ida, não só na chegada. Parece complexo, eu sei. Mas sua simplicidade está no sentir. Amar é amar e pronto. É assim, verbo intransitivo. E basta.

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