é, eu lamento.
no fim de noite, no fim de semana, no fim da música, no fim da chuva.
lamento com os pés apertados no sapato, com o olhar firme, com o rímel intacto, com o batom intocado.
lamento com as poças cheias de água da chuva, lamento pelas nuvens escurecendo o céu, lamento pela rua ainda que cheia, com um um ar de solidão.
lamento pelos passantes, os anônimos, os conhecidos, as pessoas.
lamento com o copo vazio, a garrafa pela metade.
lamento pela estação trazer o cinza, ainda que necessário, para regar as novas mudas.
eu lamento olhando o longe, de longe e brindando assim, todos os seus lamentos.
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