4 de fevereiro de 2007

Before Sunset


" - Achei melhor parar de romancear as coisas. Eu sofria muito. Tenho muitos sonhos que não têm nada a ver com a minha vida afetiva. Isso não me entristece, mas as coisas são assim.

- Por isso tem um relacionamento com quem nunca está por perto?

- Obviamente, não sei lidar com o cotidiano de um relacionamento. É emocionante. Quando ele viaja, sinto saudades... mas não morro por dentro. ter alguém sempre por perto me sufoca.

- Você disse que precisa amar e ser amada.

- Mas quando acontece, sinto enjôo. É um desastre! (risos)

- Só fico realmente feliz quando estou sozinha. Estar só é melhor do que sentir solidão ao lado de um amante. Para mim não é fácil ser romântica. Você começa assim mas depois de se dar mal algumas vezes, esquece seus devaneios e aceita o que a vida lhe dá. Não é verdade. Não me dei mal. Tive muitas relações sem graça. Não foram cruéis. Me amaram, mas não havia ligação nem emoção. Eu, pelo menos, não senti.


(...)


- Sabe o que? Para mim, realidade e amor são contraditórios. (...) O que significa isso? O amor da sua vida? O conceito é absurdo. 'Só nos completamos com outra pessoa'. É maquiavélico!

- Posso falar?

- Sofri demais e me recuperei. Agora, não faço força alguma. Sei que não vai dar em nada.

- Não dá pra viver evitando a dor à custa...

- Falar é fácil. Preciso sair daqui. Pare o carro. Quero descer."

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