
Insônia.
O que me incomoda não é estar acordada numa madrugada de sexta-feira, enquanto o mundo ferve lá fora.Não é a cama ter um tamanho fora do normal e eu estar me mexendo nela de forma incessante , como se houvessem mil agulhas a furar meu corpo cansado.
O café frio já não tem sabor e não faz sentido levantar daqui e ir fazer um novo café , mais forte , encorpado.Café nenhum faria esses pensamentos desaparecerem.Talvez uma tequila fizesse.Talvez um filme interessante na televisão fizesse.Talvez se eu parasse de pensar e caísse num sono intenso , tudo ficasse melhor.
O que me incomoda não é escutar a gata no cio , gritando na rua vazia.Nem os bêbados cantando melodias baratas e antigas.Na verdade , bendito sejam os bêbados que saem as ruas e declaram seu amor a janelas desconhecidas , procurando a sua amada.Eu no auge dos meus vinte e um anos , deveria embriagar-me e ir até a sua porta ou janela , bater violentamente contra ela e dizer que você pode ficar com meus movéis, com meus objetivos para a vida , com meu cachorro , com aquela blusa velha.Você pode ficar com meus sonhos , com minha escova de dente , com meu computador , meus cd's , minhas cartas com inúmeras histórias e contas a pagar.Você pode ficar com todo meu patrimônio , com tudo o que conquistei ,contanto que devolva meu pensamento.Eu deveria esticar o dedo na sua cara , falar de forma grossa , deveria arrancar meus cabelos e dizer que vou esquecer esse seu maldito sorriso que acelera meu estúpido coração.Deveria dizer ainda mais que eu só caí nesse seu joguinho por pura piedade.Não foi nenhum sorriso , nenhum abraço , sequer um beijo doce no rosto que fizeram eu entregar minha essência a você.Eu deveria dizer isso e ainda cuspir na sua cara e dizer que a essas alturas do campeonato ,você só foi mais um.
Eu deveria.
Eu disse bem,eu deveria.
Mas prefiro aproveitar essa melodia triste , embriagar-me de um vinho barato ,olhar o céu escuro.Prefiro voltar a deitar na cama cheia de agulhas.Prefiro pensar que um dia,tudo vai ser diferente.
Mesmo que não seja.
"...vida não há sem dor."
O que me incomoda não é estar acordada numa madrugada de sexta-feira, enquanto o mundo ferve lá fora.Não é a cama ter um tamanho fora do normal e eu estar me mexendo nela de forma incessante , como se houvessem mil agulhas a furar meu corpo cansado.
O café frio já não tem sabor e não faz sentido levantar daqui e ir fazer um novo café , mais forte , encorpado.Café nenhum faria esses pensamentos desaparecerem.Talvez uma tequila fizesse.Talvez um filme interessante na televisão fizesse.Talvez se eu parasse de pensar e caísse num sono intenso , tudo ficasse melhor.
O que me incomoda não é escutar a gata no cio , gritando na rua vazia.Nem os bêbados cantando melodias baratas e antigas.Na verdade , bendito sejam os bêbados que saem as ruas e declaram seu amor a janelas desconhecidas , procurando a sua amada.Eu no auge dos meus vinte e um anos , deveria embriagar-me e ir até a sua porta ou janela , bater violentamente contra ela e dizer que você pode ficar com meus movéis, com meus objetivos para a vida , com meu cachorro , com aquela blusa velha.Você pode ficar com meus sonhos , com minha escova de dente , com meu computador , meus cd's , minhas cartas com inúmeras histórias e contas a pagar.Você pode ficar com todo meu patrimônio , com tudo o que conquistei ,contanto que devolva meu pensamento.Eu deveria esticar o dedo na sua cara , falar de forma grossa , deveria arrancar meus cabelos e dizer que vou esquecer esse seu maldito sorriso que acelera meu estúpido coração.Deveria dizer ainda mais que eu só caí nesse seu joguinho por pura piedade.Não foi nenhum sorriso , nenhum abraço , sequer um beijo doce no rosto que fizeram eu entregar minha essência a você.Eu deveria dizer isso e ainda cuspir na sua cara e dizer que a essas alturas do campeonato ,você só foi mais um.
Eu deveria.
Eu disse bem,eu deveria.
Mas prefiro aproveitar essa melodia triste , embriagar-me de um vinho barato ,olhar o céu escuro.Prefiro voltar a deitar na cama cheia de agulhas.Prefiro pensar que um dia,tudo vai ser diferente.
Mesmo que não seja.
"...vida não há sem dor."
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